
A 17 de Agosto de 1848 iniciou-se a construção da pavimentação da Praça D. Pedro V, terminando a 31 de Dezembro de 1849.
Os 8.712 metros quadrados de área (158,4mx55m) duraram 16,5 meses ou seja 602 dias; a média diária construída era os 27 metros quadrados /dia.
Descontando os dias santos e os imprevistos climáticos contam-se 323 dias de trabalho efectivo , gratificando os grilhetas a 40 réis/dia; isto implica um total de custos de aproximadamente 300 mil réis para se calcetar o Rossio
Hoje tal preço seria impensável.
A terraplanagem da praça Pombalina tinha enfim o merecido revestimento: o conhecido mosaico do "mar largo".
À medida que a cidade de Lisboa sofre a passagem dos tempos e dos pensamentos ideológicos dos homens, altera-se e adapta-se a novas imposições, num acumular de elementos históricos.
Reflexo desta realidade, aPraça D. Pedro V suporta as acções do tempo e dos homens.
Prova disto , é a calçada que hoje presenciamos no Rossio.
Os grilhetas que arduamente pavimentaram a calçada do Rossio em tão vasta superfície, foram
reconhecidos. Tal acontecimento originou a difusão e aplicação desta arte noutras praças da nossa capital.
Finalmente a calçada -mosaico saía da prescrição dos vestíbulos das casas particulares e das pequenas zonas de circulação comum dos edifícios mais luxuosos e vinha para a rua ,para o seio do povo.
Dado o seu modesto caríz artesanal, é difícil relatar com precisão as datas e os autores dos vários exemplos que revestem os chãos do nosso país.
A listagem que se segue ilustra os primeiros exemplares de que se tem conhecimento, como prova de uma acção de difusão da calçada.
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